Estamos em um processo de transformação digital que está atingindo todos os segmentos empresariais, e a indústria 4.0 é um dos pilares dessa transformação. O mundo corporativo ainda está tentando absorver esse novo conceito e busca por estratégias e ações que possibilitem a imersão nessas mudanças e uma cultura de inovação.

Entre as estratégias, está a aquisição de informações que levam ao conhecimento das principais tecnologias e técnicas, para a implementação desse novo cenário. Para ajudar a sua empresa a dar os primeiros passos, criamos este post, que é um guia completo com as principais informações sobre a indústria 4.0, que vão desde o conceito até os desafios que vocês deverão superar. Confira!

O que é indústria 4.0?

A evolução das tecnologias digitais impulsionou a criação de novos métodos de produção industrial, tendo como base a automação do trabalho, a inteligência artificial, a robótica, a inteligência de dados, a internet das coisas e outras inovações que surgem a cada dia.

O objetivo é utilizar essas inovações dentro do contexto industrial, para a obtenção de uma maior competitividade do negócio, além de buscar a otimização da cadeia produtiva, agregando mais valor ao produto, reduzindo custos, o uso de recursos e customizando as soluções tecnológicas. A junção desse contexto é o que dá a origem ao conceito de indústria 4.0, também chamado de quarta revolução industrial.

O conceito é colocado lado a lado com as outras revoluções industriais que mudaram paradigmas produtivos da humanidade, como a produção de alimentos em larga escala e as máquinas a vapor, que mudaram para sempre todos os métodos de trabalho.

Mas há uma diferença grande entre a quarta revolução industrial e as demais, enquanto as outras necessitaram de décadas ou até séculos para serem aprimoradas e implementadas, a indústria 4.0 tem um ritmo de crescimento exponencial, sendo que, a cada ano, a quantidade de recursos disponíveis e ferramentas aumenta. Em poucos anos uma tendência se estabelece e o que era inovação pode se tornar obsoleto.

Quais as suas características?

Para que você possa entender melhor o que é a indústria 4.0, separamos um tópico para abordar as suas principais características. São pontos importantes que unem os pilares e fazem com que as empresas consigam atingir os objetivos propostos pelo conceito. Veja!

Análises em tempo real

Se antes, para fazer avaliações era necessário fazer auditorias e inventários, que tinham que ser programados e implementados em um dia específico, hoje em dia, com as tecnologias que temos em mãos, temos a possibilidade de coletar e tratar dados instantaneamente, permitindo a obtenção de insights e melhores tomadas de decisão.

Virtualização

Com os sensores e objetos inteligentes espalhados pela empresa, é possível rastrear e monitorar todo o processo e integrar as informações em um sistema que coleta e trata os dados, criando relatórios e gráficos de forma automática.

Descentralização

O objetivo é que a própria máquina se torne responsável pela tomada de decisão, com algoritmos que sejam capazes de avaliar as necessidades da empresa e fornecer as informações necessárias para suprir os ciclos de trabalho.

Orientação a serviços

Nesse conceito, os softwares devem oferecer soluções e entregá-las como serviços que sejam conectados a toda a indústria.

Capacidade modular

Os sistemas são desenvolvidos não mais em blocos, mas em módulos, que podem ser acoplados e desacoplados de acordo com as necessidades da empresa, o que permite uma maior flexibilidade da alteração de tarefas.

E quais são os desafios da indústria 4.0?

Sabemos que a indústria 4.0 não é estática, pois, na era digital, há uma evolução exponencial das soluções empregadas. Mas podemos destacar 3 desafios que estão sempre em pauta, principalmente entre as empresas que estão em processo de migração. Confira a seguir quais são.

Melhoria dos processos produtivos

O primeiro desafio é a melhoria dos processos produtivos, ou seja, a melhoria da performance no processo produtivo que é propiciada pela indústria 4.0 e que potencializa a competitividade do negócio. Aqui, podemos englobar a redução de custos de produção e manutenção, não da forma tradicional, mas utilizando a tecnologia como impulsionadora desse processo.

Desenvolvimento acelerado de produtos

O objetivo aqui é a redução do tempo de desenvolvimento e lançamento dos produtos. A indústria 4.0 traz as ferramentas certas para acelerar esse processo. É necessário entender como o seu produto deverá evoluir com novas versões, além de alinhá-lo às necessidades de mercado, que está cada vez mais sedento por novidades e busca a personalização.

Com a análise de dados, internos e externos, e com a avaliação da satisfação dos clientes em relação aos produtos atuais, é possível tirar insights preciosos para o alinhamento do produto ao mercado. Em relação à aceleração do desenvolvimento, podemos destacar as metodologias ágeis, simulações e a realidade aumentada, que permite a avaliação de protótipos de forma muito mais aprimorada do que com os métodos tradicionais.

Criação de novos modelos de negócio

Outro desafio que se impõe é a necessidade de geração de novas receitas com serviços associados aos que já existem nas empresas. Algumas avaliações podem ser feitas, tendo como base as novas tecnologias. A computação em nuvem, por exemplo, abre margem para a transformação de produtos em serviços, mudança do modelo de licenciamento para o de assinatura, por exemplo.

Entre os três desafios, a criação de modelos de negócios é o maior, pois exige que os gestores repensem toda a estrutura da empresa para que sejam feitas as readequações.

Qual o cenário da indústria 4.0 no Brasil?

No Brasil, já podemos observar um grande salto tecnológico impulsionado pela indústria 4.0, e as empresas que quiserem se manter competitivas no cenário nacional terão que se adequar a essa evolução.

Nesse cenário, muitas empresas já estão percebendo a necessidade que se impõe em relação ao planejamento e aplicação da automação e digitalização, com o investimento em novas tecnologias, com o objetivo de promover uma produção baseada em inteligência e análise de dados.

A maioria das empresas já está investindo pesado em automação, porém, ainda não chegaram ao patamar de indústrias digitais. É necessário entender que a indústria 4.0 não se baseia apenas em investimento em tecnologia, mas em torno de uma cultura pautada pela inovação tecnologia, que está integrada aos processos.

As soluções necessitam criar uma integração entre si, tornando a empresa cada vez mais integrada, inteligente e autônoma, com o auxílio das tecnologias que formam os pilares da indústria 4.0 — falaremos sobre elas no próximo tópico. As indústrias brasileiras precisam enxergar essa necessidade para poderem mergulhar de vez nesse novo cenário que se apresenta.

Quais os pilares para transformação das indústrias?

Já sabemos que a indústria 4.0 é um conceito que visa uma mudança cultural dentro da empresa, tornando os processos mais inteligentes e autônomos. Para que isso seja possível, é importante que a empresa adote determinadas ferramentas tecnológicas, que são consideradas os pilares desse conceito. Neste tópico vamos conhecer os principais pilares da indústria 4.0.

Internet das Coisas

Também conhecida pela sigla IoT, a internet das coisas, como o próprio nome sugere, se refere aos dispositivos conectados à rede e entre si. Não estamos falando de ter mais dispositivos para acessar a web, mas, sim, em relação à interligação entre eles e o sistema empresarial.

Essa interconectividade permite o monitoramento em tempo real do funcionamento das máquinas, da produção e da qualidade dos produtos, com a geração de relatórios instantâneos.

Big Data

Outro importante pilar da indústria 4.0 e da transformação digital como um todo, o Big Data é o termo que serve para se referir à quantidade enorme de dados que são produzidos, coletados e tratados diariamente na rede. Os dados são fonte de inúmeras análises, que servem para o desenvolvimento de novos produtos ou serviços, aprimoramento da gestão, análise de público-alvo, de mercado, entre outros.

Inteligência artificial

Falamos acima sobre o Big data e a profusão de dados que temos a disposição atualmente, para fazer as mais variadas análises. Para retirar os melhores insights dessa massa de informações, é necessário analisar o maior conjunto de dados em menos tempo, estruturando-os e achando padrões.

Isso só é possível graças a algoritmos dotados de inteligência artificial, que analisam os seus dados e entregam relatórios personalizados, colaborando com o aprimoramento dos processos internos.

Segurança

Com mais dispositivos conectados, softwares de gestão e análises em nuvem e canais digitais de acesso a serviços, aumenta a necessidade de proteção digital. Com mais conexões, cresce também a possibilidade de invasões e tentativas de sequestro de dados. Por isso, a segurança, apesar de não ser um conceito novo no mundo da tecnologia, ganha uma importância ainda maior na indústria 4.0.

Computação em nuvem

A computação em nuvem é a tecnologia que dá base para todas as outras, pois é aqui que há a integração de todos os sistemas. É uma oportunidade das empresas ampliarem as suas operações, sem a necessidade de investimento em grandes servidores e uma excelente ferramenta de escala a curto prazo.

Os softwares em nuvem são parte da rotina das empresas, seja em forma de sistema de gestão, de coleta e análise de dados e até mesmo ferramentas de trabalho, que auxiliam a produtividade. Não podemos esquecer que existem empresas que têm a nuvem como base para a implementação de produtos e serviços, vendendo assinaturas e licenças.

Como usá-la a favor do negócio?

Como vimos, a transformação digital e a indústria 4.0 requerem muito mais do que investimento em tecnologia e ferramentas, é importante que haja uma mudança de cultura interna e no modo de produção. Para isso, é importante que a empresa siga alguns passos básicos, que mostraremos neste tópico. Acompanhe.

Adote apenas as tecnologias necessárias

A quantidade de tecnologias disponíveis pode ser tão problemático quanto a falta delas, isso porque ter ferramentas e sistemas sem uso ou subutilizados em sua empresa pode encarecer a produção sem retorno algum. Por isso, antes de adquirir qualquer solução tecnológica, faça uma análise de fatores internos e externos para avaliar se realmente ela é necessária e que vai contribuir para o crescimento do negócio.

Por exemplo, o Big Data pode ser utilizado para analisar a receptividade dos clientes em relação a determinado produto, permitindo a melhoria contínua. Já a computação em nuvem permite a criação de ferramentas inteligentes de análise de dados. É importante que sejam identificadas as reais necessidades da empresa, para depois definir as ferramentas a serem utilizadas.

Crie um projeto-piloto

Toda adoção tecnológica nova tem o seu risco, por isso, é importante que os gestores tenham em mãos dados que comprovem a sua eficácia e retorno, indo além do tradicional ROI.

Quando falamos de indústria 4.0, estamos nos referindo a uma mudança de paradigma que requer a adoção de ferramenta e mudanças de cultura interna. Isso coloca a empresa com um risco maior, por estarem se adaptando a um novo padrão, que poderá mudar totalmente o patamar em relação à concorrência. É um planejamento que pode mudar o futuro de uma corporação.

Existem dois pontos a serem analisados: as mudanças tecnológicas que acontecem por demanda interna e as mudanças por imposição de mercado. A primeira gera menos traumas, pois, geralmente, acontece como evolução de algo que já está implementado. Já na segunda, o risco é maior, pois estamos lidando com um cenário impositivo, que requer a mudança para manter a competitividade.

Nesse cenário, a criação de projetos-pilotos em ambientes controlados pode ser a solução para que seja avaliada a eficiência das mudanças para, só depois, implementá-las em toda empresa.

Rompa as barreiras de implementação

Nem sempre o argumento a favor das mudanças é forte o suficiente para derrubar a resistência de pessoas na empresa. A falta de engajamento dos colaboradores pode colocar o projeto a perder.

Além disso, no Brasil, ainda temos escassez de mão de obra capacitada para trabalhar com soluções da indústria 4.0. Outra barreira que importa com frequência e que pode frear as mudanças é a preocupação em relação à segurança a informação.

Para que isso não se torne um entrave, é importante que os dois passos citados anteriormente sejam dados de forma consistente. O processo de adoção pode ser lento e passivo, mas é importante que ele seja constante e crescente.

Contrate uma consultoria especializada

No tópico anterior, falamos sobre as barreiras de implementação, que podem ser, muitas das vezes, fruto da inexperiência dos gestores em lidar com esse novo cenário. Nesse caso, a melhor saída pode ser a contratação de uma consultoria especializada, como a CSP, que tem como diferencial mais de 30 anos no mercado de tecnologia, buscando sempre mapear as necessidades dos clientes e transformá-las em solução.

Com uma parceira especializada, a sua empresa não partirá mais do zero, pois terá ao lado o know-how e a experiência acumulada em processos de inovação. Esperamos que, após a leitura deste post, você tenha entendido o que é a indústria 4.0 e a sua importância para as empresas se manterem competitivas em um mundo cada vez mais tecnológico. Falamos também sobre os principais desafios do setor e os passos iniciais para fazer a migração para esse modelo.

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