No primeiro artigo, apresentamos a ideia de “língua comum do trabalho” que a Atlassian propõe com a Teamwork Collection (Jira + Confluence + Loom + agentes Rovo). Agora, vamos do conceito à prática — com um roteiro para adotar, medir e escalar em ambientes onde TI é enxuta, os sistemas são críticos e a pressão por previsibilidade é diária. Você verá como transformar reuniões em decisões rastreáveis, como reduzir retrabalho conectando conhecimento a tickets e como colocar a IA para trabalhar com contexto (não ao redor dele) — tudo com governança clara e indicadores de ROI acompanhando cada passo.  

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O que muda, objetivamente, quando você “padroniza o jeito de trabalhar” 

Antes: conversas espalhadas, decisões “soltas” no chat, documentos em pastas paralelas, tickets criados sem contexto, retrabalho por mal-entendido. 

 Depois (modelo Teamwork Collection): 

  • Jira como sistema de registro do trabalho (o “onde a execução acontece”). 
  • Confluence como repositório vivo de decisões, contextos e padrões (o “por quê e como”). 
  • Loom como fio condutor da comunicação assíncrona e assistente de reunião com IA (o “o que foi dito vira ação”). 
  • Rovo (agentes de IA) como colegas virtuais que entendem o seu Teamwork Graph e colaboram em atividades reais — brainstorming, diagramas, fluxo de trabalho, resumos, criação de tickets e mais.  

A vantagem competitiva está menos na “ferramenta” e mais no encadeamento: o que é decidido vira ticket com contexto, o que é executado retroalimenta o conhecimento e a IA “enxerga” o todo via Teamwork Graph. Por design, a Teamwork Collection reúne Jira, Confluence e Loom sob uma assinatura; nos níveis superiores (Premium/Enterprise), inclui Rovo e Atlassian Guard Standard — garantindo produtividade com IA, planejamento transversal e segurança em nível organizacional.  

Pressão por agilidade não é moda: 89% dos líderes acreditam que as empresas precisam ser mais ágeis para acompanhar a concorrência, mas 74% apontam a comunicação ineficaz como barreira. A Teamwork Collection nasce exatamente para atacar esse ponto — silos, IA sem contexto e ferramentas desconectadas.  

Três trilhas de valor para setores tradicionais (com exemplos reais) 

Vamos descer do conceito para três frentes que aparecem em qualquer operação estabelecida: reuniões, mudanças operacionais e incidentes. Em cada trilha: como fica no modelo, qual o ganho esperado e o que medir. 

Reuniões → decisões com dono (menos chamadas, mais clareza) 

Como fica no modelo: 

  • Grave encontros críticos com Loom; o assistente de IA transforma tudo em resumo com itens de ação, poucos segundos após o fim. Publique no Confluence (acesso fácil) e dispare ações criando issues/tarefas no Jira — sem reescrever nada, nem depender da memória de alguém. 
  • Para alinhamentos que não precisam de reunião, use vídeos curtos. O time assiste quando pode, comenta, e você economiza blocos de agenda sem perder contexto.  

O que medir: 

  • Reuniões substituídas por Loom (contagem semanal). 
  • % de reuniões com decisão, responsáveis e próximos passos publicados no Confluence em até 24h. 
  • Tempo médio “discussão → início de execução” (criação do ticket no Jira). 

Ganho: menos interrupção, mais foco e decisões rastreáveis numa linha do tempo única (vídeo → página → ticket).  

Mudanças operacionais → fluxo previsível (do “pedido” ao “deploy”) 

Como fica no modelo: 

  • O Confluence abriga o padrão de mudança (pré-check de risco, dependências, aceite). 
  • No Jira, o Construtor de Fluxos ajuda a configurar o processo em linguagem natural (status, transições, regras), com automações para reduzir passos manuais.  
  • Os agentes Rovo sugerem subtarefas, relacionam tickets e páginas relevantes e melhoram a qualidade do que entra no board (descrições geradas por IA, relacionamentos e filhos).  

O que medir: 

  • Lead time da mudança (pedido → deploy). 
  • Taxa de reabertura por falta de contexto. 
  • Incidentes pós-deploy por integração falha. 

Ganho: previsibilidade e menos retrabalho. O efeito aparece rápido quando cada mudança “chega” ao time com contexto suficiente para executar sem idas e vindas.  

Incidentes → aprendizado institucional (MTTR cai, memória sobe) 

Como fica no modelo: 

  • A área técnica registra um Loom curto com sintomas e hipóteses; o resumo com itens de ação é publicado no Confluence com links para tickets no Jira
  • Rovo busca casos similares e recomenda passos a partir do seu Teamwork Graph, que mapeia relações entre equipes, metas, itens e conhecimento (inclusive aplicativos externos conectados). 

O que medir: 

  • MTTR (time to restore) vs. baseline. 
  • % de incidentes com post-mortem publicado (decisões e ações vinculadas). 
  • Itens recorrentes resolvidos com “padrões” reutilizados (aprendizado reaplicado). 

Ganho: além da resolução mais rápida, aprendizado institucionalizado — incidentes deixam de ser “eventos” e viram base para prevenção. 

O papel do Teamwork Graph e por que a IA “acerta” mais nesse modelo 

Sem contexto, IA vira ruído. Com o Teamwork Graph, a Atlassian cria uma camada de dados unificada que integra trabalho, metas, páginas, solicitações, projetos e mais de 100 apps. O Graph mapeia relaçõesquem trabalha em quê, como e com quem — para que busca, chat e agentes ajam dentro do seu fluxo (não em um texto solto). Isso é a base para respostas mais precisas, recomendações úteis e automações que não quebram. 

É sobre “situar” a IA no seu negócio. Por isso, Rovo não é só um chat: é um conjunto de agentes prontos (mais de 20) e personalizáveis que atuam em Confluence e Jira, podem ser chamados por automação, e consomem fontes de conhecimento internas e de apps conectados. Em termos práticos, o agente entende objetivo, dados e restrições antes de sugerir, criar tickets ou sintetizar decisões.  

ROI sem mistério: a conta que convence 

Onde está o ganho mais rápido? Normalmente em reuniões substituídas por Loom, tickets melhores (menos reaberturas) e encontros que viram ação sem retrabalho

Um cálculo simples para apresentar ao board: 

  • Horas de reunião evitadas/mês × custo/hora médio das pessoas que participariam. 
  • Redução de reaberturas × tempo médio por reabertura (considerando o custo do time e o custo do atraso para o cliente). 
  • Queda no lead time de mudanças × valor do deploy mais cedo (ex.: menos estoque imobilizado, menos multa, mais faturamento). 

A sustentação vem do processo: Loom AI resume, extrai ações e envia follow-ups; Confluence guarda decisões; Jira consolida execução; Rovo e Teamwork Graph fornecem contexto e automações. Assim, você isola a variável “ferramenta” e mostra causa → efeito em operação real. 

Plano 30–60–90 (agora detalhado e orientado a indicadores) 

0–30 dias: Fundamento que já gera valor 

  • Crie o “Espaço da Equipe” padrão: Projeto no Jira + Espaço no Confluence + Pasta no Loom, conectando Slack/Teams e repositórios críticos. Publique 3 templates de página (decisão, procedimento, post-mortem) e 2 templates de ticket (mudança e incidente).  
  • Ative o Loom nas cerimônias essenciais e em reuniões com áreas de negócio — configure o envio automático dos resumos e itens de ação. 
  • Métricas de base: reuniões/semana; % com decisões registradas; lead time de mudança; reaberturas; MTTR. 

31–60 dias: IA no fluxo e automação útil (sem “pirotecnia”) 

  • Introduza 3 agentes Rovo prontos alinhados às dores: Meeting Insights, Workflow Builder, Whiteboard Ideation (brainstorm e diagramas no Confluence).  
  • Automatize um gargalo: por exemplo, uma regra no Jira que aciona um agente Rovo para analisar os itens em “em revisão” e gerar um sumário para o Confluence toda sexta.  
  • Revise indicadores: tempo “decisão → execução”; % de tickets criados via reunião com descrição gerada por IA; taxa de retrabalho. 

61–90 dias: Governança leve + escala 

  • Padronize chaves Jira, permissões e retenção; estabeleça taxonomia mínima no Confluence; consolide pastas Loom por programa. 
  • Expanda agentes para status reports, triagem de demandas repetitivas e geração de páginas de release. 
  • Segurança e identidade: se estiver em Premium/Enterprise, Atlassian Guard Standard auxilia no controle organizacional (SSO, políticas para usuários externos, expiração de sessão etc.).  
  • Painéis executivos: evolua do “sentimos que ficou melhor” para métricas comparáveis (pré vs. pós-adoção). 

Como escolher por onde começar (matriz rápida) 

Crie uma matriz simples (Impacto × Facilidade) e liste fluxos candidatos. Em empresas tradicionais, três candidatos quase sempre aparecem no quadrante “alto impacto/alta viabilidade”: 

  1. Aprovação de mudanças de integração (ERP + satélites). 
  1. Incidentes que afetam receita (checkout, faturamento, logística). 
  1. Reuniões de alinhamento entre TI e operações (planejamento semanal). 

Para cada um, responda: O que decide? Onde registra? Onde executa? Como mede? 

 Se qualquer resposta envolver múltiplos lugares ou “depende”, é um ótimo ponto de entrada para a Teamwork Collection. 

Playbook de agentes Rovo que geram valor rápido 

Abaixo, um pacote de agentes recomendados para times enxutos que precisam de previsibilidade: 

  • Relator de Insights de Reunião: automatiza resumos, prazos e responsáveis a partir de gravações do Loom; publique no Confluence e gere tarefas no Jira. (Evita atas manuais e follow-ups esquecidos.)  
  • Construtor de Fluxos de Trabalho (Jira): do português/inglês natural para um workflow executável (status, transições, regras). (Reduz dependência de um único “expert de workflow”.)  
  • Gerador de Brainstorming (whiteboards no Confluence): cria cartões com base em dados históricos. (Tira a equipe do “branco da tela”.)  
  • Criador de Diagramas: transforma discussões em fluxos visuais sem precisar dominar notações. (Comunicação mais clara para negócio e auditoria.)  

Dica: comece com os out-of-the-box e avance para agentes customizados, ajustando instruções e fontes. Eles podem ser chamados via chat, atalhos (/ai), ou regras de automação, e acessar dados de apps Atlassian e de terceiros conectados — sempre com o contexto do Teamwork Graph.  

Governança sem burocracia 

  1. Taxonomia mínima no Confluence (prefixos por área, modelos de decisão e post-mortem, política de anexos). 
  1. Projetos Jira por objetivo/fluxo, não por departamento; facilite a leitura do board por quem não é TI. 
  1. Permissões por papel (negócio, TI, parceiros) e padrão de chaves (ex.: OPS-1234). 
  1. Loom com playlists por programa; vídeos curtos “como fazemos X”, sempre linkados ao Confluence. 
  1. Guard (Planos Premium/Enterprise) para políticas organizacionais e controle sobre usuários externos.  

Como evitar antipadrões  

  • “Faz o agente aí”: IA sem objetivo e sem medição. Troque por: agente para problema específico com indicador de resultado (ex.: % de reuniões com decisão publicada). 
  • Templates que viram burocracia: modelos quilométricos que ninguém lê. Troque por: páginas curtas com resumo no topo (situação, decisão, próximos passos). 
  • Automação que notifica demais: alertas que geram “surdez”. Troque por: 2–3 regras que removem trabalho manual (atualização de status, página de release, sumário semanal). 
  • Workflows “para sempre”: o processo muda e o fluxo não acompanha. Troque por: revisão mensal com Construtor de Fluxos e métricas (lead time, retrabalho).  

Segurança e conectores: IA com limites bem definidos 

O Teamwork Graph consolida dados de Atlassian e apps externos, mantendo governança de acesso e identidade do seu tenant. Admins podem gerenciar conectores, entender o que entra no Graph e ajustar a política de segurança — e, quando em níveis superiores, contar com Guard para políticas organizacionais como SSO, controle de sessão e usuários externos. Em suma: IA útil e auditável, sem abrir mão de controles de empresa grande.  

Checklist de adoção (copiável para o seu Confluence) 

  • Espaço de equipe padrão (Jira + Confluence + Loom conectados).  
  • 3 templates de página (decisão, procedimento, post-mortem) e 2 de ticket (mudança, incidente). 
  • Loom ativado nas cerimônias essenciais e reuniões com negócio; resumos publicados automáticamente. 
  • 3 agentes Rovo prontos em uso (insights de reunião, brainstorming/diagramas, construtor de fluxos).  
  • 1 automação que chama agente (ex.: sumário semanal no Confluence).  
  • Métricas ativas: reuniões substituídas, % com decisão registrada, lead time de mudança, reaberturas, MTTR. 
  • Governança mínima (taxonomia Confluence, chaves Jira, permissões por papel). 
  • Painel executivo simples (pré vs. pós-adoção). 
  • Política organizacional reforçada (SSO, usuários externos, sessões) — se aplicável, com Guard

Para que você possa se aprofundar ainda mais, recomendamos também a leitura dos artigos abaixo:     

Conclusão 

Empresas de setores consolidados precisam de tecnologia como meio para estabilidade, eficiência e crescimento — não como fim. A Teamwork Collection oferece uma rota prática para isso: conectar decisão, conhecimento e execução em um fluxo só, onde Loom reduz reuniões e captura contexto, Confluence dá memória e clareza, Jira organiza a execução e Rovo coloca a IA para trabalhar com o Teamwork Graph por baixo. O resultado não é só produtividade; é previsibilidade — o tipo de valor que o board entende e aprova. 

Se você leu o primeiro artigo e estava se perguntando “por onde começo, como eu meço e o que eu padronizo?”, este desdobramento dá o caminho. Comece pequeno (um fluxo crítico), publique decisões, transforme reuniões em ação, melhore a qualidade dos tickets e acione 2–3 agentes onde dói. Em 90 dias, a sua TI enxuta deve conseguir mostrar menos retrabalho, menos reuniões, mais previsibilidade — e uma IA operando no processo, não “ao lado” dele. A partir daí, escalar é questão de repetir o método. 

Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post!  

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