A modernização de sistemas e projetos core deixou de ser um “demanda de TI” e tornou-se uma decisão financeira incontornável. Estudos recentes mostram que a manutenção de legados pode consumir até 80% do orçamento de TI, enquanto paradas não planejadas chegam a US$ 22 mil por minuto em indústrias de manufatura; ao mesmo tempo, projetos de modernização entregam retornos superiores a 200% em três anos. 

Nesse post, você verá onde o dinheiro escapa quando se adia a modernização, (como estruturar um cálculo simples de ROI que convença qualquer CFO, e (passos práticos para começar agora mesmo — antes que o “custo de não fazer nada” exploda. 

Continue a leitura para saber mais! 

Por Dentro da “Conta Invisível” 

Manutenção que engole o orçamento 

Empresas gastam de 70% a 80% do orçamento de TI apenas para manter sistemas legados em funcionamento, deixando migalhas para inovação. Em setores como saúde, a fatia chega a 75%

Cada sistema legado custa, em média, US$ 30 milhões ao longo do ciclo de vida, segundo levantamento de 2025. 

Downtime que corrói a receita 

Na indústria automotiva, um minuto parado custa US$ 22 mil; cinco horas de falha passam de US$ 6,6 milhões. Ou seja: não há espaço para margem de erro. 

Estudos da Aberdeen indicam picos de US$ 260 mil por hora em alguns cenários. 

Dívida técnica e projetos engavetados 

80% das empresas relatam que a dívida técnica já cancelou ou atrasou iniciativas estratégicas, além disso, o peso global da dívida técnica supera US$ 1,5 trilhão ano. 

Pesquisas apontam que até o fim de 2025, 40% do budget de TI será consumido apenas para “pagar juros” dessa dívida. Em resumo, estamos vendo essa realidade bater à porta. 

Risco cibernético e compliance 

Organizações que insistem em legados têm 3 vezes mais chances de sofrer violações de segurança, segundo o Gartner citado em múltiplas pesquisas de mercado. Multas e perda de reputação nem sempre entram na planilha, mas pesam no valuation

Como Calcular o ROI da Modernização 

Levante o TCO Atual 

Some manutenção (pessoas + licenças + hardware), horas de downtime em moeda forte e custos de mitigação de risco. 

Projete o Cenário Modernizado 

Estudos TEI da Forrester mostram reduções médias de 15% a 17% nos custos operacionais após migrar workloads críticos para a nuvem. 

Programas de suporte unificado geram ROI de 225% em três anos, graças a menos incidentes e agilidade no go-live de novas funções. 

Aplique a fórmula 

Exemplo resumido de uma empresa de manufatura com ERP monolítico: 

Um investimento único de R$ 15 mi em modernização gerou payback em 18 meses e ROI de 53% em três anos, sem contar receita incremental de novos serviços digitais

Expandindo o “passo a passo”: Do plano à execução 

Esse passo a passo tem como objetivo transformar a decisão de modernizar em um roteiro concreto, com responsáveis, métricas e checkpoints claros. Quanto mais detalhado o plano, menor o risco de dispersão de esforços e de orçamento. 

Diagnóstico financeiro + técnico 

Inventário detalhado: liste servidores, licenças, horas-homem de manutenção, SLA com fornecedores, multas por falha e janelas de parada programada. 

Custos “invisíveis”: calcule horas extras de equipes, perda de produtividade por lentidão ou retrabalho e atrasos de projetos engavetados por causa do legado. 

Exposição a riscos: levante falhas de compliance, versões sem suporte e vulnerabilidades conhecidas. 

Sem essa visão 360°, o debate “refatorar ou reescrever” vira palpite — e o CFO não aprova nada que não esteja quantificado. 

Priorização baseada em valor 

Matriz impacto x esforço: avalie cada módulo pelo valor que entrega (receita, redução de custo, risco) versus complexidade para modernizar. 

Ajuste estratégico: priorize o que habilita iniciativas de negócio já no pipeline (ex.: e-commerce B2B depende de integração em tempo real de estoque). 

Roadmap incremental: agrupe itens de alto impacto e esforço médio em releases de 8-12 semanas. 

Foco evita o mito da big-bang migration, onde tudo começa ao mesmo tempo e nada termina de fato. 

Arquitetura evolutiva (“Strangler Fig” e afins) 

Envolva e substitua: crie uma camada de APIs que “abraça” o módulo legado. Chamadas externas passam a usar a API — não mais o código antigo. 

Migre função por função: mova pequenos slices de lógica para serviços novos; quando uma fatia atinge 100% das chamadas, aposente a parte velha. 

Automatize deploy & rollback: pipelines CI/CD com blue-green ou canário evitam downtime e permitem reverter em minutos. 

Reduz risco operacional e prova valor mais rápido: stakeholders veem melhorias tangíveis antes do fim do projeto. 

Quick wins mensuráveis 

Escolha algo crítico e visível: podemos exemplificar o módulo de faturamento em tempo real ou cálculo de frete que trava o e-commerce à noite. 

Defina métrica-estrela: latência da transação, erros por milhão, tempo de aprovação de crédito — algo que todos enxerguem. 

Ciclo curto: release em 4-6 semanas, com demo ao board. 

Vitórias rápidas criam tração política e liberam orçamento extra; também validam a arquitetura antes de atacar peças maiores. 

Governança de ROI 

Painel executivo trimestral: acompanhe KPIs financeiros (OPEX, CAPEX evitado), técnicos (dívida reduzida, falhas críticas) e de produto (tempo de entrega). 

Revisão de backlog: se um indicador estagnar, reavalie priorização; se um módulo novo acelerar receita, antecipe integrações adjacentes. 

Comitê multifuncional: TI, Finanças e áreas de negócio se reúnem para decidir próximos passos com base em dados, não em intuição. 

Sem governança, a modernização vira “projeto sem fim”. Com checkpoints trimestrais, mantém-se foco, evidencia o retorno e evita que o legado ressuscite disfarçado.  

Ao seguir esse roteiro, o projeto deixa de parecer uma “cirurgia de risco” e passa a ser um investimento controlado, com payback previsível, impacto comprovado e riscos progressivamente menores. Modernizar, então, deixa de ser um custo a postergar e torna-se uma alavanca clara de eficiência e crescimento. 

Para que você possa se aprofundar ainda mais, recomendamos também a leitura dos artigos abaixo: 

Conclusão 

Postergar a modernização pode parecer cômodo, mas é um luxo caro: cada mês de inércia drena orçamento, trava inovação e aumenta riscos. Por outro lado, empresas que modernizam seus sistemas core colhem eficiências de dois dígitos, reduzem downtime e liberam capital para iniciativas estratégicas. 

Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post!  

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