Imagine o seguinte cenário: sua empresa opera há décadas em um setor consolidado — transporte, energia, varejo, saúde ou serviços financeiros. Ela possui um modelo de negócio que funciona, clientes fiéis e processos bem definidos, ainda que sustentados por sistemas legados. De repente, surge a pressão por inovação: não apenas para ganhar eficiência, mas para gerar novas receitas, transformar a experiência do cliente e responder a concorrentes mais ágeis — muitas vezes nativos digitais.

Nesse momento, surge uma pergunta inevitável: será que sua empresa pode — e deve — transformar processos internos em produtos digitais que geram receita? 

A resposta, como quase tudo em tecnologia, é: depende. Mas o que está cada vez mais claro é que ignorar essa possibilidade significa, muitas vezes, deixar dinheiro na mesa. 

Nesse post, vamos explorar as oportunidades e riscos por trás da criação de produtos digitais em empresas tradicionais. Vamos entender por que esse movimento pode representar uma virada estratégica, como ele deve ser conduzido com responsabilidade e o que diferencia empresas que apenas “tentam” digitalizar de aquelas que de fato constroem novas fontes de receita de forma sustentável. 

Continue a leitura e saiba mais!

A oportunidade escondida dentro de casa 

Muitos executivos associam produtos digitais a grandes inovações disruptivas — novos aplicativos no mercado, plataformas revolucionárias ou modelos de negócio 100% digitais. Mas a verdade é que muitos produtos digitais nascem da digitalização de processos já existentes. 

Por exemplo: 

Um sistema de agendamento que antes era usado apenas internamente pode ser transformado em um portal digital para clientes ou parceiros. 

Um processo de onboarding complexo pode virar um app que melhora a experiência do cliente e reduz a carga do suporte. 

Um repositório de conhecimento pode se transformar em uma plataforma de autosserviço inteligente. 

Em vez de olhar para fora em busca da próxima grande ideia, muitas empresas estão aprendendo a olhar para dentro — e transformar suas fortalezas operacionais em produtos que geram valor, inclusive comercial. 

Casos práticos que mostram o caminho 

Empresas como bancos, operadoras de saúde, redes varejistas e grupos logísticos já fazem isso. Veja alguns exemplos genéricos, baseados em casos reais que observamos: 

Uma operadora de saúde criou um app para monitoramento emocional dos funcionários. O sucesso interno foi tão grande que o produto virou um serviço oferecido também para clientes corporativos. 

Um grupo varejista, ao investir em um aplicativo de fidelização, não só aumentou o ticket médio, como passou a comercializar espaços promocionais no app para marcas parceiras. 

Uma empresa de logística transformou seu sistema de input de dados da operação em um aplicativo de interface amigável — reduzindo erros, acelerando entregas e tornando o produto escalável para outras unidades do grupo. 

Esses movimentos mostram que produtos digitais não precisam necessariamente nascer como startups — eles podem ser desdobramentos naturais de iniciativas internas bem-sucedidas. 

Por que agora? 

A transformação digital deixou de ser uma vantagem competitiva. Em muitos setores, ela se tornou um requisito básico de sobrevivência. Mas o que poucas empresas entenderam é que ela não precisa se limitar à eficiência operacional. Em vez de apenas cortar custos, a digitalização pode ser usada para criar novas receitas. 

E por que isso é especialmente urgente agora? 

Os canais digitais se tornaram o principal ponto de contato com clientes, e são ótimos laboratórios para testar novos produtos. 

A Inteligência Artificial evoluiu, hoje é possível incorporar IA para personalizar, automatizar e escalar funcionalidades antes impensáveis sem grandes times. 

A cultura do autosserviço cresceu, clientes esperam autonomia e experiência digital fluida. 

A pressão por resultados é cada vez maior, líderes de TI são cobrados por impacto no negócio, não apenas uptime ou SLA. 

Ou seja: se sua empresa tem um processo que funciona, há boas chances de que ele possa ser digitalizado, empacotado e transformado em algo que gera valor — e lucro. 

Oportunidade sim, mas com os pés no chão

É aqui que entra o ponto crítico: criar um produto digital exige uma mudança de mentalidade. Não basta ter uma boa ideia e pedir para a TI “colocar de pé”. Também não é sobre transformar todo e qualquer processo em um app. 

É preciso: 

  • Entender o problema real que o produto resolve. 
  • Validar se outras pessoas (clientes, parceiros, fornecedores) enfrentam o mesmo problema. 
  • Ter clareza sobre o usuário final, a jornada que ele percorre e a experiência esperada. 
  • Avaliar se há um modelo de negócio viável por trás da solução. 

Mais do que tudo, é preciso alinhar áreas de negócio, produto e tecnologia em torno de um mesmo objetivo. E isso raramente acontece sem um processo estruturado de discovery. 

Como a CSP Tech enxerga esse caminho 

Na CSP Tech, atuamos em empresas que precisam digitalizar com o avião em voo. Nosso foco não é apenas tirar ideias do papel — mas validar, estruturar e entregar produtos digitais que de fato gerem resultado. 

Apoiamos nossos clientes desde o mapeamento de oportunidades (com foco em ROI), passando pelo desenho da solução mínima viável, até a entrega e sustentação. E sempre respeitando as limitações do ambiente: sistemas legados, times enxutos, cultura digital em amadurecimento. 

Nosso papel é trazer clareza, foco e responsabilidade para o processo. 

Os riscos de não fazer (ou fazer errado):

Se a oportunidade é real, o risco também é. Mas nem sempre está onde se imagina. 

Os riscos de não criar produtos digitais:

  • Perder vantagem competitiva para players digitais mais ágeis. 
  • Deixar de monetizar ativos internos que já estão prontos ou quase prontos. 
  • Frustrar expectativas de clientes que exigem experiências digitais fluídas. 

Estagnar iniciativas de inovação que poderiam engajar o time e transformar a operação. 

Os riscos de criar produtos digitais sem estrutura:

  • Investir em algo que ninguém quer ou precisa. 
  • Criar soluções isoladas, sem integração com o restante da operação. 
  • Inchar o backlog com funcionalidades desnecessárias. 
  • Gerar frustração nas áreas envolvidas e perder o momento político da inovação. 

Por isso, é essencial adotar uma abordagem prática e estratégica. Um discovery bem conduzido, com envolvimento dos stakeholders certos e validações contínuas, pode evitar esses erros e garantir que o investimento traga retorno real. 

O que diferencia quem acerta? 

As empresas que têm sucesso em transformar processos em produtos digitais geralmente têm três características: 

Foco no problema real: não começam pela ideia, mas pela dor do usuário. 

Entregas rápidas e iterativas: validam hipóteses com MVPs e ajustes contínuos. 

Alinhamento entre áreas: produto, negócio e tecnologia trabalham juntos, com clareza de objetivos e checkpoints bem definidos. 

Além disso, contam com parceiros que trazem conhecimento técnico, visão de produto e metodologia adaptada ao seu nível de maturidade digital. 
 
Para que você possa se aprofundar ainda mais, recomendamos também a leitura dos artigos abaixo:    

Conclusão 

Transformar processos internos em produtos digitais não é uma tendência passageira — é uma estratégia real, acessível e com potencial enorme de gerar valor. Para empresas tradicionais, esse pode ser o caminho para sair da posição de coadjuvante na transformação digital e assumir o protagonismo. 

Mas essa jornada precisa ser feita com responsabilidade, clareza e foco no que realmente importa: gerar impacto concreto para o negócio, seja na forma de eficiência, experiência ou nova receita. 

A oportunidade está dentro da sua empresa. Você só precisa de um parceiro que ajude a torná-la real. 

Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post!  

Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco, clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a transformar ativos internos em soluções digitais de verdade!   

Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br. 

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